Forbes: Mundo sem carne será uma realidade graças a guinada dos millennials

A Revista Forbes, uma das mais importantes publicações sobre negócios e economia do mundo, destacou, em reportagem publicada no dia 23 de março, a guinada que a geração dos millennials está dando em direção a um mundo sem carne.
"Os millennials estão chacoalhando as indústrias em todas as partes. Pergunte à indústria da carne, que tem visto seus consumidores cada vez mais buscando alternativas vegetarianas", disse a revista. Isso é confirmado pelo dado segundo o qual 70% da população mundial está reduzindo o consumo de carne ou tirando completamente esse produto da alimentação e pelo crescimento de 600% no número de pessoas que se identificam como veganas nos Estados Unidos nos últimos três anos.
A causa dessa guinada se deve ao fato de os millennials estarem atentos às cadeias produtivas dos alimentos, aos direitos animais e impactos ambientais quando fazem suas escolhas. Alé disso, a reportagem ainda destacou que esse movimento parece ser maior do que apenas uma geração: celebridades, atletas e companhias inteiras, incluindo o Google, estão evitando consumir carne, leite e ovos.
É por causa deles que, de acordo com Chuck Jolley, presidente da Meat Industry Hall of Fame, substitutos para carnes são um dos seis grandes desafios da agricultura em 2018. Até mesmo a Cargill, uma das maiores empresas de exploração animal do mundo, concorda. "Consumidores estão fazendo escolhas que protegem o planeta e que não maltratem os animais. Eles querem saber de onde sua proteína vem e se sentir bem em relação ao que estão comendo. Isso inclui nutrição, o tratamento dos animais, segurança alimentar e impactos ambientais", disse a empresa.
Empresas visionárias que souberem tirar proveito do momento levarão a melhor. É o caso do grupo britânico vegetariano Quorn Foods, por exemplo, que registrou um aumento de 19% em seu faturamento na primeira metade de 2017. Outras empresas têm investido em carne de laboratório, uma opção livre de crueldade para quem não quer abrir mão de comer esse alimento. Nessa seara, despontam a Memphis Meats e a Mosa Meats, que prometem levar esse produto às prateleiras dos mercados até 2022.
Fonte: Escolhaveg / Forbes